sexta-feira, 7 de maio de 2010

ASNEIRAS NÃO PAGAM IMPOSTOS


Santiago é uma cidade por deveras interessante. Certamente, Julio Verne, Miguel de Cervantes, Boccácio, Shakspeare, Monteiro Lobato, Machado de Assis, Umberto Eco, Clarice Lispector, Aurélio Buarque de Holanda, todos passaram por aqui. Especialmente, Monteiro Lobato e seu engenheiro da então inanimada família Silva, vieram conferir in loco, as obras do Sítio do Pica-Pau Amarelo, ali pelas bandas do Iguariaçá, que os parentes pessonhentos estilo gordo, barrigudo e bebum, comprou de meu avô, Sebastião Rodrigues de Bitencourt, a preço de garrafinha pet. Roubaram hectares de pau-ferro e deram ferro no velho - honesto, ao contrário dessa gentalha que anda por aí posando de gente de bem. Coisitas de outrora, tudo bem, vamos abortar os recalques, ganha quem sabe, perde quem perdoa. Ao evidenciar meu raciocínio burlesco de maneira tão "frangal", devo estar admitindo essa síndrome dos derrotados, o que não confere com minhas atitudes e modo consequente de agir. Mas, parece que o vírus da birutice santiaguense me pegou. Ando de nariz empinado - e haja empinamento para tanto comprimento de nariz, por sinal de motor imbatível, da Viação Centro Oeste, aliás um luxo para quem já dependeu do transporte coletivo pau-de-arara da cidade de São Paulo, pior, de la madera del corte em Buenos Aires, e por aí vai, quer dizer, fui vivendo, escrevendo, trabalhando -. Para simplificar esta hemodiálise, essa diálise, esse pneumotórax, quero com todo o respeito alertar que andar de ônibus em Santiago é um luxo. Portanto, parem de sofrer andando quilômetros a pé, simplesmente porque não têm um carrinho. Ora, pobre é quem vive pendurado para bancar aparências e não se alimenta direito. Viva o transporte coletivo. Quem viajou, quem viaja sabe muito bem a porcaria da engrenagem do sistema de transporte urbano, inclusive, em Curitiba. Adoro andar de ônibus em Santiago. Aliás, talvez seja o que mais gosto nesta terra em termos de prestação de serviços, depois do inigualável Cartão Saúde do HCS. Por sinal, já vi diversos espíritos superiores correndo de um lado para outro nos ônibus e nos corredores do HCS. Até entrevistei Julio Verne que me confidenciou que falsos poetas começariam a profanar a obra de Aureliano. Pura verdade!

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