Dentre os paranormais famosos, em "Paranormalidade", edição especial da "Galileu", o russo amaldiçoado pela história direcionada a julgamentos precipitados, Rasputin, eternizou-se. Em tradução absolutamente literal saiba agora, com mais credibilidade e sem rodeios e fantasias o porquê. "Considerado místico por uns e mentiroso por outros, ele exerceu grande influência na corte russa do czar Nicolau II. Nascido em 10 de janeiro de 1869, na Vila de Prokovskoe, na Sibéria, era filho de pai e mãe camponeses, que possuíam terras e estábulos. O local onde o jovem Grigori vivia era muito visitado por peregrinos, que iam até Verkhotuire para rezar, onde estavam as relíquias de São Simão. Seu pai também era guia para peregrinos. Às vezes, Grigori o substituía. Desde criança, ele dizia ter visões e poderes mágicos e ser capaz de curar um cavalo apenas tocando no animal. Mas, seu apelido tem pouco a ver com essa suposta habilidade. Em russo, Rasputin significa dissoluto, uma alusão a sua desregrada vida sexual. Apesar do casamento com uma camponesa e dos quatro filhos, ele não tinha perfil para a vida doméstica tradicional. Bebia e roubava cavalos. Devido a essas acusações, abandona a Vila e se refugia em um monastério, onde torna-se profundamente místico. Ele vira um "strannink (peregrino ou romeiro) e viaja por toda Rússia e ao exterior. Durante essas peregrinações foi influenciado pela seita Khlysty, que pregava a flagelação e as orgias sexuais. Em 31 de outubro de 1905, um encontro mudou sua vida: Ele participa de um jantar com a grã-duquesa Militsa Nicolaieva e sua irmã Anastácia, em que estão o czar e a czarina. Em 1º de novembro, o czar escreve: Hoje, nós conhecemos um homem de Deus, da Província de Tobolsk. O "santo" é incumbido de cuidar do pequeno príncipe Alexis, de 3 anos, que gemia na cama devido a dores. Rasputin se ajoelhou próximo ao leito da criança, pos o dedo na ferida e a hemorragia parou. A partir daí, o monge torna-se o conselheiro espiritual da imperatriz, e muitos relatam que era mais do que isso. Em um bilhete de 1914, ela escreve: Devo voltar em oito dias. Sacrifico meu marido e meu coração por você. Amor e beijos. Rasputin ia se tornando cada vez mais influente, atraindo devotos, que eram chamados por ele de tolos. Na casa de banho de São Petersburgo, ele fazia rituais para exorcizar o demônio das mulheres que o procuravam. Batia nessas mulheres e depois fazia sexo com elas. Uma fanática, Olga Lokhtina, considerava que Rasputin era Cristo, e ela, a Virgem Sagrada. A governadora real chegou a dizer que ele abusava das filhas do czar. Em 27 de junho de 1914, ele retorna para sua vida na Sibéria. No dia seguinte, recebe um telefonema e, quando sai para recebê-lo, é atacado por uma ex-prostituta, Chionya Gusyeva, que o esfaqueia no estômago. Enquanto se recupera, o czar mobilizava tropas para lutar na Primeira Guerra Mundial. Com a ausência do czar em São Petersburgo, ele assume mais força política. Antes disso, Rasputin tinha conhecido o príncipe Felix Yusupov, marido bissexual de Irina, sobrinha do czar. Em 16 de dezembro de 1916, Yusupov convida Rasputin para ir ao Palácio Moyka. No local, oferece vinho e bolos com cianeto. Rasputin come e bebe à vontade. O príncipe assustado dispara o revólver no pescoço de Rasputin. Porém, ele ainda não morre. Urrando tenta derrubar a porta. Outros disparam contra ele. Mesmo assim, ele arromba a porta, e como um animal ferido cai na neve. Seu corpo é jogado no Rio Neva. Dois dias depois, a Polícia o encontra morto e uma autopsia revela que havia água nos pulmões, provando que ele ainda estava vivo, quando jogado ao rio. Apesar de toda essa história fidedigna, em dezembro de 1916, Rasputin havia profetizado seu próprio assassinato em carta ao czar: Se é da intenção de seus parentes causar a minha morte, ninguém de sua família permanecerá vivo por mais de dois anos". A profecia se cumpriu 23 dias depois. Rasputin é assassinado e 19 meses mais tarde o czar e sua família são executados. Rasputin foi o último mentor espiritual da última dinastia imperial russa, a família Romanov.
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