sábado, 23 de janeiro de 2010

Criadora de mitos em Hollywood


Marlene Dietrich

Edith Head


Elizabeth Taylor



Mae West




Audrey Hepburn















James Dean








Clark Gable e Vivien Leigh









Edith Head é uma lenda, que não está nos livros de história, tampouco nas salas de aula das universidades, exceto, nos cursos de artes cênicas, quando o tema é cinema, sua influência sobre nossas opções em vestir remonta a década de 20. Pelas mãos dessa extraordinária figurinista que desbancou e desafiou todo o machismo da época e foi soberana em lugar antes exclusivo dos homens, nasceram mitos de sensualidade em Hollywood. No decorrer de 1920, um pouco da história de nossos costumes e cultura passou a ser contado através dos figurinos. A frase "as roupas fazem um homem, especialmente em Hollywood" foi levada muito a sério por Edith Head, a figurinista mais famosa da indústria cinematográfica. Expert em estilo, ela participou da produção de 1.130 filmes e assinou o figurino de 136. De 1923 até sua morte em 1981, Edith vestiu lendas, criou estrelas e foi indicada ao Oscar 37 vezes. Levou oito estatuestas por Tarde Demais (1949), A Malvada (Melhor Figurino em preto-e-branco) e Sansão e Dalila (melhor figurino em cores) de 1950; Um Lugar ao Sol (1951); A Princesa e o Plebeu (1953), The Fact of Life (1960) e Golpe de Mestre (1937). Nascida em outubro de 1907, na Califórnia, viveu parte da infância no México. Foi professora de francês e espanhol, mas trocou tudo pela carreira de figurinista. O que não foi fácil. Naquela época, cinema por trás das câmeras era assunto para homens. Edith acabou sendo respeitada por acender a sensualidade das estrelas de Hollywood. Ficou famosa quando transformou a baixinha Mae West em "Uma Loira para Três" (1933). O desafio era enorme. Na época, Mae estava acima do peso e passava uma imagem de vulgaridade. Mas, Head fez um grande milagre ao espremer aquela silhueta pouco atraente dentro do corpete, evidenciando seus atributos com decotes, alças, suaves transparências e muito brilho. Graças a seu estilo inconfundível, o que desenhava para o cinema acabava ditando a moda mundial. Foi Edith, por exemplo, que criou a sereia jet-set de Grace Kelly em "Ladrão de Casaca" e o smoking de Marlene Dietrich para "Marrocos", em 1931. Também vestiu Ingrid Bergmann de homem em "Por quem os Sinos dobram" (1943), fez parceria perfeita com Hitchcock em seus clássicos dos anos 50 e ajudou a esboçar o style inigualável de Audrey Hepburn. Preferida de Elizabeth Taylor, James Dean e de uma seleta constelação de imortais. E como ela costumava dizer, a moda é um idioma. - Alguns a dominam completamente, outros se esforçam para aprender e tem gente que jamais vai entender nada -.

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