Na São Paulo Fashion Week primavera-verão 2010/2011, os denominados estilistas brasileiros - de ambos os sexos - mais uma vez ajoelharam-se ao que os Estados Unidos e a Europa esperavam, apesar do desencontro das estações, reinam o universo dos tecidos - comerciais - e as ideias para a próxima temporada das semanas de Nova York, Londres e Paris. O momento é moda para vender, é da passarela para o consumo, sem a distinção da pesquisa, a honradez do detalhe para os cavalheiros e muito menos para as damas. A moda deixa um sinal de trânsito para trás e ultrapassa os limites mais nobres da criação, da inteligência seleta, para quem tem instinto de águia e vislumbra adaptações ao clima, ao jeito, à natureza de seus patrícios. A moda perde o charme, a química, o glamour de tentar entendê-la como arte, como um quadro de Salvador Dali, um filme de Federico Fellini, de Visconti com a violência de Tarantino, crepúsculos de Sartre, óvulos de Madonna, a moda grita, pede socorro e encontra no brasileiro-sírio-libanês-etrusco-europeu, mas acima de tudo brasileiro Alexandre Herchcovitch, uma saída triunfal para quem consegue a mais fácil arte do futuro do pretério mais que perfeito - fixar-se nos detalhes. Dos detalhes vêm a moda que sai da passarela para a vitrina das lojas. Para o consumo. No melhor estilo masculino, entenda Herchcovitch. Acontecimento único e difícil de acontecer novamente em terras brasilis, em terrenos da São Paulo Fashion Week.
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