quinta-feira, 24 de junho de 2010

PRESIDENTE NACIONAL DO PP GARANTE APOIO À DILMA

Dilma conversa com Francisco Dornelles - ambos em primeiro plano
Robson Bonin Do G1, em Brasília

O PP vai declarar "apoio político informal à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, informou o presidente nacional do partido, senador Francisco Dornelles (RJ). Na semana passada, o vereador santiaguense Miguel Bianchini (PP) disse estar decido a votar em Tarso Genro, candidato ao governo gaúcho pelo PT. Assumi que o fato em nada me surpreendia, porque nenhum governo anterior foi tão parceiro dos deputados federais pepistas, que garantiram aprovação aos projetos de Lula, entre eles, o defensor das verbas para a região, Luis Carlos Heinze, que concorre à reeleição e faz dobradinha com o ex-prefeito Chicão, muito beneficiado pelas verbas do Ministério das Cidades e outros com menor orçamento. Em política e economia tudo é antecipadamente planejado, inclusive, a escolha de quem vai dar o recado. Ora se apoiar Dilma, não implicar em apoiar Tarso Genro, que apoio é esse? E teve gente que ficou surpresa - ou, para variar, tentou fazer sensacionalismo - com a postura de Bianchini. Ora, me poupem, tirem o time de campo, quando o assunto for poítica. São mercenários dos fatos, ou então, completamente inocentes. Mas, vamos ao que interessa, assunto de gente grande, experiente!
A medida de apoiar Dilma, de acordo com Dornelles, é motivada pela preocupação de manter a unidade do partido nas eleições de outubro. Segundo ele, o projeto do PT tem o apoio de 20 diretórios estaduais, mas há pelo menos cinco que rejeitam a composição com os petistas. Assim, a decisão de permanecer oficialmente “neutro”, mesmo com maioria favorável a Dilma, evitaria um conflito interno no partido.
Apesar de tornar pública a opção por Dilma, Dornelles disse que ainda não conversou com a candidata do PT. Ele pretende convocar a Executiva Nacional do PP para uma reunião no primeiro fim de semana de julho, quando a decisão de apoiar informalmente a petista será sacramentada.
“Declarar apoio político informal significa dizer que o presidente do partido, tendo em vista a maioria [dos diretórios], vai apoiar a Dilma para a Presidência da República. A militância vai se empenhar para valer”, disse Dornelles ao G1
“Em maio, fizemos a reunião da Executiva e declaramos que os diretórios estaduais estavam livres para fazer a coligação que desejassem. Demos liberdade aos diretórios para discutir com quem quisessem, mas a decisão final seria da Executiva”, explicou Dornelles.
“Se a gente fizesse uma convenção, o pessoal iria dizer: 'vocês tiveram a decisão da Executiva [de liberar os diretórios], deixaram a gente coligar, e agora chegam e dificultam a coligação?" Então, nós deixamos livres e vamos declarar o apoio político à Dilma”, complementou o senador.
Questionado se a decisão de não oficializar o apoio aos petistas poderia dificultar a disputa por espaço em um futuro governo Dilma, Dornelles procurou evitar a análise do futuro. “Política é o fato. E o fato é que o apoio do partido não pode ser formal.”
Dornelles também negou que o
crescimento de Dilma nas pesquisas tenha influenciado o apoio informal à petista. “Os 20 diretórios estavam com ela muito antes das pesquisas. Não mudou nada. Essa decisão [apoio político informal] foi tomada antes dessa pesquisa”, argumentou.



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