quinta-feira, 27 de maio de 2010

COLUNA DE ROGÉRIO ANÉSE NO JORNAL A FOLHA


Desenvolvimento Local

Muitas são as tentativas de se promover o desenvolvimento local sustentando, ou seja, melhorar a qualidade de vida da população, sem grandes impactos ambientais, culturais e sociais. Embora grande parte dos instrumentos para fazer a economia crescer e se desenvolver estejam nas mãos do governo central (impostos, política monetária, política fiscal, política cambial e gasto público), o governo municipal tem um papel importante em induzir a economia local a se integrar aos centros dinâmicos e, com isso, melhorar o nível de emprego e renda.
Este enfoque do desenvolvimento, a partir das incitativas locais é conhecido como desenvolvimento endógeno e, a região, deve apresentar alguns requisitos para que isso ocorra: a) empresas inovadoras, capazes de competir em mercados externos e, com capacidade de cooperarem entre elas, formando redes, consórcios ou arranjos produtivos locais; b) uma estrutura institucional (associações, sindicatos, entre outros, universidades, institutos tecnológicos) capazes de criar um entorno inovador para as empresas e provê-las de informações técnicas e mercadológicas; c) mão de obra qualificada, ou centros de qualificação técnica capazes de dar suporte às exigências do mundo do trabalho; d) Cidades inovadoras e dinâmicas que possibilitem acessos a serviços básicos e especializados (energia, água, comunicações, lazer.
Estes requisitos básicos para o desenvolvimento podem em muito, serem induzidos pelo poder público local, com a canalização de investimento para áreas estratégicas ou exercendo o papel articulador dos atores locais. Não é uma tarefa fácil, pois requer capacidade de articulação política e a existência de uma proposta clara de que município queremos para os próximos anos (planejamento) e, além disso, criar um conjunto de indicadores para monitorar o desenvolvimento.
Devemos considerar que quem gera empregos e renda é o setor privado com empresários inovadores, mas o poder público deve criar as condições para a diminuição dos custos e do risco das atividades privadas.

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