terça-feira, 30 de março de 2010

SOB À LUZ DO MEU OLHAR. MATA!




À Luz da Lamparina, obra-prima da empresária Evani Wolf, filha da miséria absoluta da cidade de Mata, é livro raro na estande dos mais autointitulados intelectuais. Mas, o prefácio leva rubrica de Constanza Pascolato. Nada é por acaso se vier da autenticidade. E corajosa como a autora a vida ensina e remete a epígrafe de Tolstoi. Evani Wolf desnutriu a alta sociedade do setor coureiro-fashion-calçadista, ao lançar sua visceral e surpreendente autobiografia. Nessa obra arrebatadora, ela faz reverência a sua infância sofrida e mágica nos confins da zona rural da hoje emancipada cidade gaúcha de Mata. Conhecida como diretora da sofisticada marca de vestuário Tactile, a empresária estreia abrindo toda sua gana de viver como sintetiza o prefácio assinado pela consultora de moda Constanza Pascolato. Iluminada pelo amor e admiração a sua mãe, que durante o dia trabalhava na roça e à noite costurava sob a luz de uma lamparina para garantir a renda familiar, ela se emociona ao revelar sua trajetória de vida, na qual descreve com precisão momentos inesquecíveis desde seus dois anos de idade. Corajosa, Evani remete a Tosltoi: Se queres ser universal, fala da tua aldeia!


Eis um pequeno trecho da obra-prima de Evani Wolf "À Luz da Lamparina".


"Minha mãe fazia de tudo. Dentro e fora de casa. Não tinha serviço que enjeitasse. Sabia preparar a terra e cultivar. Arar. Capinar. Socar arroz no pilão. Transformar inhame em café. Manejava o gadanho com a destreza e força de um homem. Nunca faltava verdura na horta. Sabia quando a lua tava boa para semear. Criava, engordava, cevava a galinha. Quando tinha uma vaquinha, tirava leite, e do leite tudo o que ele podia dar. Buscava lenha no mato e o machado não a intimidava. Aproveitava os cavacos. Usava martelo, torquês, machadinha e facão. Minha mãe podia não fazer nada disso, como tantas outras mulheres. Mas ela fazia. Com prazer e com vontade. Minha mãe curava. Com chá. Com brodo (caldo de sopa). Com reza. Com fé. Com amor."


Evani é filha de Ema Maurer, que teve outra filha e um filho, antes de ficar viúva, quando a pequena tinha apenas dois anos. Do rancho de chão batido, coberto de capim, a menina revela uma das faces mais emocionantes do livro "À Luz da Lamparina", seguramente inspirada pela sombra iluminadora de sua mãe. "A menina de dois anos caminha no campo, após o sol se por, e neste dia, a mãe não lhe manda entrar. Ela descobre a lua cheia e o brilho das estrelas. Caminha sempre mirando o céu e deduz que a lua e as estrelas andavam com ela, a seguiam." Hoje, Evani Wolf é mais do que uma grife um tanto esquecida, a Tactile de Sapiranga, onde sua mãe Ema pode costurar mais e dar espaço universal ao estudo da filha, quinta gaúcha a cursar mestrado em linguística na PUC. Mas, retornando ao livro "À Luz da Lamparina", tive o raro privilégio de receber Evani na sala de entrevistas da Revisa WS International e entrevistá-la, pois essa postagem reflete pequeninos trechos de uma longa matéria superproduzida em que exigi do fotógrafo Tiago Heckler mais de 300 fotos de estúdio para escolher cinco. Tempos inesquecíveis de muitas honrarias, glórias, mas nada comparável à expressão de humildade da filha da Mata. Nunca me identifiquei tanto com uma personalidade como a de Evani. Aparências diluem, humildade e honestidade petrificam.

segunda-feira, 29 de março de 2010

SHOW ROCK'N FOLK OUTONO INVERNO 2010 DE L'OREAL PROFESSIONAL NA HAIR BRASIL 2010 EM SÃO PAULO

























Quem cuida mais do cabelo, gasta muito, usa e abusa de tinturas? Presume o mercado pela abertura, que ainda é a mulher. Então, para quem está absolutamente por fora das montanhas de moedas de toda espécime que movimentam a indústria dos cosméticos, bom compreender - antes de passar dessa para uma de careca -, que a indústria química cria tinturas, grandes hairstylists, estilistas de cabelos mesclados a show men, popularizam como moda entre pequenas tribos européias e grandes tribos fashion de países emergentes, modismos de cores, portanto, a tonalidade do cabelo em evidência. Astros e estrelas tentam persuadir e fugir do ataque da publicidade dominadora, massificadora, mas acabam sendo inspiração, a cada mudança de estilo. Para as desinformadas nem aí, pelo menos entendam que a ditadura que começa na chefona, entenda como indústria química, e manda nos gerentes, leia-se lançadores de moda com novas cores, com misturas sobre seus cabelos, apenas obedecem e você - consome! Mas, como não vale a pena pirar, nem ficar para trás, veja e compreenda que por trás das imagens com exageros, estão as cores com que os chefões da indústria química já sabem que vão cobrir sua cabeça. Atiçam sua auto-estima. Certo? Pelo mínimo, não esqueça que a Hair Brasil é uma feira de cosméticos com foco principal na suposta beleza de seus cabelos desenvolvida em São Paulo, sob a responsabilidade da Couromoda Feiras e Eventos Comerciais.













CRIANÇAS E ADOLESCENTES PRONTOS PARA ESQUENTAR A ESTAÇÃO MAIS FRIA DAS ÚLTIMAS DÉCADAS

Para os adolescentes a inspiração vintage londrina está prescrita na grife Fifteen. Estampas de motos, brasões e frases em diversas técnicas como flocados, foil e estampas falhadas conotam a direção de 160º. O jeans vem com estilo puído e lavagem com jeito de não tô nem aí. Mas, os detalhes no material nobre - couro - eliminam qualquer vertigem. É grife. Custa caro!






A C&A, líder no mercado varejista de moda do país, apresentou um desfile pra lá de tão vip, dia 23, no terraço Daslu em São Paulo. Teve muito adulto querendo ser criança com a ousadia das criações minimalistas. A coleção Palomino aposta nos tons neutros e energiza com reverência ao rock'n roll. A proposta envia imagens irreverentes para a gurizada assumir sua idade, porque nada mais chato que criança vestida de adulto e vice-versa. Já a Hot Wheels que fez desfilar o ator global Cauã Reymond explora o universo dos detalhes das corridas com macacões sombreados com recortes, jeans com lavagens bem sujas como se tivessem saído de um rally. O xadrez, um clássico de todas as temporadas até ressurge radical.









domingo, 28 de março de 2010

LIXO


Uma aula de narração em discurso direto é o que reflete o texto "Lixo" de Luis Fernando Veríssimo, extraído do livro Manual de Leitura e Produção Textual de Amanda Duarte Blanco e Rafael de Caneda Lopez (editora Armazém Digital pelo Núcleo de Ensino de Língua em Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Para quem gosta do tema, aí vai:


Encontram-se na área de serviço. Cada um com o seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.

- Bom dia.

- Bom dia.

- A senhora é do 610.

- E o senhor do 612.

- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...

- Pois é, desculpe minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...

- O meu quê?

- O seu lixo.

- Ah...

- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena.

- Na verdade sou só eu.

- Humm. Notei também que o senhor usa muita comida em lata

- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...

- Entendo.

- A senhora também.

- Me chama de você.

- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim.

- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas como moro sózinha, às vezes sobra.

- A senhora... Você não tem família?

- Tenho, mas não aqui.

- No Espírito Santo.

- Como é que você sabe?

- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.

- É. Mamãe escreve todas as semanas.

- Ela é professora?

- Isso é incrível! Como você adivinhou?

- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.

- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.

- Pois é...

- No outro dia, tinha um envelope de telegrama amassado.

- É.

- Más notícias?

- Meu pai. Morreu.

- Sinto muito.

- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.

- Foi por isso que você recomeçou a fumar?

- Como é que você sabe?

- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas em seu lixo.

- É verdade. Mas consegui parar outra vez.

- Eu, graças a Deus, nunca fumei.

- Eu sei, mas tenho visto uns vidrinhos de comprimidos no seu lixo...

- Tranquilizantes. Foi uma fase. Já passou.

- Você brigou com o namorado, certo?

- Isso você também descobriu no lixo?

- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho jogado fora. Depois, muito lenço de papel.

- É, chorei bastante, mas já passou.

- Mas hoje ainda tem uns lencinhos.

- É que estou com um pouco de coriza.

- Ah.

- Vejo muitas revistas de palavras cruzadas no seu lixo.

- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.

- Namorada?

- Não.

- Mas há uns dias tinha uma fogografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.

- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.

- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.

- Você está analisando o meu lixo!

- Não posso negar que o seu lixo me interessou.

- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.

- Não! Você viu meus poemas?

- Vi e gostei muito.

- Mas são muito ruins!

- Se você achasse eles ruins mesmo teria rasgado. Eles só estavam dobrados.

- Se eu soubesse que você ia ler...

- Só não fiquei com ele porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?

- Acho que não. Lixo é domínio público.

- Você tem razão. Através dos lixos, o particular se torna público. O que sobra de nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. será isso?

- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...

- Ontem, no seu lixo.

- O quê?

- Me enganei, ou eram cascas de camarão?

- Acertou. Comprei uns camarões grandes e descasquei.

- Eu adoro camarão.

- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode... Jantar juntos?

- É. Não quero dar trabalho.

- Trabalho nenhum.

- Vai sujar a sua cozinha.

- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.

- No seu lixo ou no meu...

sábado, 27 de março de 2010

ULBRA SANTIAGO, REFERÊNCIA NACIONAL







O doutor professor Ronaldo Steffen, um dos cérebros dirigentes do Ensino A Distância (EAD) da ULBRA no Brasil, classificou a sede própria do Polo ULBRA Santiago como exemplar destinada principalmente à modalidade EAD, modelo para todo o país. Assim como os demais especialistas que vistoriam, periodicamente, o funcionamento de todos os polos de EAD da ULBRA em todo o Brasil, declarou-se impressionado com a qualidade arquitetônica detalhada em cada espaço para garantir total qualidade de aprendizado com o custo mais acessível, o que exige muita capacidade de Administração na relação custo/benefício. Steffen defende a total qualidade a partir do conhecimento associado ao uso da mais avançada tecnologia, assim como a humanização e inclusão acima de meros interesses financeiros. De acordo com a diretora geral, Cleunice de Azevedo, são 1.150 metros quadrados de área construída, atualmente,destinada a 871 universitários. A previsão do Polo ULBRA Santiago é finalizar 2010 com mil acadêmicos,garantindo sua liderança absoluta no EAD per capita na Região Sul do país,com o firme objetivo de alcançar a liderança nacional não apenas em números, mas, acima de tudo na qualidade pedagógica.



quarta-feira, 24 de março de 2010

MARIPOSAS DO BRASIL





















Em 1980, 30 mil forasteiros ficaram aficcionados pela descoberta das minas de ouro da Serra dos Carajás, anunciada pelo ministro das Energias, Shigeaki Ueki. Antes da intervenção governamenal ordenada pela Companhia Vale do Rio Doce, pela invasão em suas terras, muitos afortunados e desafortunados em grande maioria sonharam com as pepitas de marajás. Enquanto efervilhava aquela região do Estado do Pará, no seio dos conflitos da maior floresta tropical do planeta Terra, a Amazônica, nas localidades vizinhas agitavam-se mulheres sozinhas, jovens viúvas desprotegidas e sedentas de sexo, a imaginar os músculos dos forasteiros de olhos de outras cores, ávidos pelo prazer de possuir uma mulher em meio a mata próxima selvagem, avassaladores! A montanha atraente às mulheres temperadas com cheiro de selva e com desejo orgástico de serem possuídas não era atingida pela determinação do chefe do Caixa Econômica Federal, o major Curió. Ele determinava que todo ouro somente poderia ser vendido a poderosa organização dos banqueiros agiotas nacionais. Os músculos e a ganância faziam sobressair do suor da busca pela riqueza corpulentos já mais próximos dos olhares das mulheres sedentas por sexo selvagem e, finalmente, estabelecidas em casas de portas, janelas e pernas abertas às pepitas dos novos exploradores da era do ouro do século 20. E como em toda história real, sempre aparece alguém de traços diferentes. No cabaré de Maria Madalena do Rio Grande do Sul, o mais caro daquele período, por contigenciar as jovens - ainda que gordinhas - mais desejáveis e cheias de energia da adolescência extirpada, uma trepada era paga a peso de ouro. Uma pepita por outa pepita. O valor para o garimpeiro já regozijado era esse. Traços diferentes estavam traçados em Maria Madalene e no potente Raimundo, que fingiam desprezarem-se. Mas, de seus corpos sudorentos o desejo não se afastava. Quem sabe em alguma noite ela deixaria de ser a intocável dona do estabelecimento orgulhosamente apelidado de Casa do Desafogo, para sentir-se também mulher, tudo que suas meninas podiam, e ela queria mas não podia. Só se fosse com o Chico do Curió, daí sim, tiraria a roupa sem nada cobrar. Olhos azuis têm esse poder, e ela não estava acima dos sonhos noturnos com o cajado. Enquanto Maria Madalena sonhava com a predileta noite de afagos, amor e penetração pelo suor do macanudo garimpeiro, uma mariposa havia escapado da selva e estava linda, vestia um deslumbrante vestido tomara-que-caia de uma cor azul celestial aplaudida pelos viventes ancestrais de toda a floresta. Era reverenciada por todas as espécies que povoaram a Amazônia de meu Deus e da zona do Pará. Ela se contorcia em bailados divinos entre as centenas de altura das milenares espécies de árvores ancestrais, fingia sucumbir do Rio Negro às águas do infinito Amazonas. Fora e voltara diversas vezes, absorvida pela intuição de nunca temer o seu habitat. Mas, eis que de repente vê luzes da Casa do Desafogo e esquece os conselhos de sua mamãe: Afaste-se sempre das luzes, afaste-se! Tome o brilho do luar, encante com sua valsa, mas jamais fique perto das luzes artificiais. Ela teimou, enquanto tocava Alcione na vitrola, no trombone, o tomara-que-caisa da mariposa caiu, estraçalhado, rasgado, enquanto seu corpinho se desmantelava ao rodopiar já enlouquecida pela artificialidade da força da luz. Artificial. Minha filha jamais aproxime-se das luzes da cidade, disse a mãe, a mariposa menina não ouviu. Qualquer semelhança com a realidade humana bem distante da selva não é mera coincidência.





Jamais aproxime-se das luzes da cidade, dos vagalumes artificiais, saiba apenas que ao contrário da lua, eles te aprisionarão, ecoava na selva repetidamente os berros de jamais te deixarão voltar, teu vestido se transformará em pedaços e uma forte batida esmagará tua vida, acabará com tua juventude. Essse erro vai te matar, alertara mais uma vez a mãe sábia, implorando em nome do equilíbrio da floresta, - Um ser vivo morto quebra toda a cadeia de sobrevivência alimentar de nossa floresta. Muitos morrerão com tua queda fatal. Cada ser vivo integra a mais completa cadeia alimentar e de sustento ecológico do planeta Terra. Cada pisada imunda do garimpeiro extermina uma veia da mãe Amazônia. Assim, a floresta vai acabar sem madeira, sem milenares árvores, enfim, até a derradeira descoberta de todas as riquezas que produzimos para manter o oxigênio, a límpida água -. Mas, a tragédica começou com Curió, ele abriu Carajás e, em breve, será aberta a fratura exposta do fim. Estraçalhada a mariposa tão bela morreu pelo encanto das luzes da cidade, da casa de Maria Madalena, enterrada ontem. Ela partiu para ser feliz e viver muito mais, entretanto esqueceu que mariposas não podem apaixonar-se, não podem sentir as luzes em meio à escuridão, somente os sedutores músculos sobrevivem para usurpar, para matar. Sem tempo ou espaço para beijar. Voara como a mariposa que não podia sonhar. Morreu diante de tão pujante selva. Outros tempos, hoje, quem agoniza são as árvores, o coração da floresta, pois as mariposas aprenderam a dançar ao redor. O extermínio da maior floresta tropical tripudia seus filhos, mas a natureza reage firme. E a vida das espécimes prosseggue bem distante de Curiós. Após a escandalosa morte da mariposa que sacudiu ambientalistas de todo o planeta, surge a figura do presidente do país que perdeu uma das mulheres indicadas pela ONU, como capaz de salvar o planeta, Marina da Silva, atual candidata à presidência da República pelo Partido Verde (PV). Recomeçando a desenrolar o fio da meada Carajás engolido pela ditadura militar podre e saqueadora, em meados da década de 80, a milicada enterrou riquezas inimagináveis e, agora, o petista presidente Lula agenda visita a Serra Pelada, codinome da outrora maior mina de ouro do planeta - Carajás. Dispostos a exigirem seus direitos de bandeirantes, eles acompanham os passos do presidente. Acompanho também:










Lula irá a Serra Pelada somente no começo de abril
Ajustamento de agenda impediu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ir a Serra Pelada na sexta-feira, dia 26. A informação é de Brasília, de fonte ligada ao gabinete da Presidência. Como de conhecimento público, o presidente, juntamente com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, iriam a Curionópolis, nesta sexta, dia 26, para a entrega aos garimpeiros do Alvará de Lavra, documento que viabiliza a mineração da lavra mecanizada, a ser explorada em joint-venture com a empresa canadense Colossus Minareis Inc, especializada em ouro. A principal alavanca para que o projeto saísse do papel depois de anos de espera foi a aprovação do Estudo e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), e aprovado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA). Com o EIA-RIMA em mãos, os garimpeiros já aguardam a possibilidade de que no máximo em um ano, o garimpo mecanizado comece a extrair as toneladas de ouro que constam no projeto como ainda passíveis de serem retiradas dos hectares pertencentes à Coomigasp. Além do ouro existente em Serra Pelada, há a perspectiva de que sejam extraídas também 6,8 toneladas de platina e 10, 6 toneladas de paládio - um metal branco parecido com a platina e que tem diversas utilidades na indústria química, farmacêutica e petrolífera, além de muito usado na medicina dentária. Em Brasília, se trabalha agora para um agendamento da data nos primeiros dias de abril, possivelmente, após a Semana Santa. A vinda do presidente Lula há muito tempo é articulada junto ao Ministério das Minas e Energia e ao Gabinete da Presidência, pelo presidente da Coomigasp – Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada, Gessé Simão, que informou ontem que estava tudo preparado para a chegada do presidente e do ministro Lobão. Trinta mil bandeiras estão confeccionadas para saudar o presidente e sua comitiva, disse. "Cinco mil colchonetes estão comprados para abrigar os que precisarem de alojamento e cento e cinco mil ‘bandecos’ para a alimentação". Foram construídos ainda diversos barracões para alojar os participantes. Em Curionópolis está tudo arrumado! E isso só é possível graças à participação desse grande homem chamado Edison Lobão, que deu incalculável contribuição para que todas as etapas e desavenças que desde 1992, quando o garimpo foi fechado, impediam os garimpeiros de serem beneficiados com uma posse que sempre lhes pertenceu", destacou Gessé Simão. "Temos que lembrar e agradecer também à governadora Ana Júlia Carepa e ao prefeito, Wenderson Chamon Azevedo (Curionópolis), aos nossos companheiros de diretoria e aos nossos filiados da Coomigasp, incansáveis e crentes que nossa luta seria vitoriosa. A Coomigasp será anfitriã de um grande evento, voltado para a classe garimpeira e para o presidente Lula", finalizou. Fonte: O Progresso

terça-feira, 23 de março de 2010

EXTERMINEM A PROSTITUTA! OU NÃO QUEREM MATAR SEUS FRUTOS?











Grávida de três meses, a mulher passou em frente a uma lancheria com a fachada pintada de branco e a reluzente placa em cor laranja, tom bem cítrico, chamava "Recanto da Eterna Energia". Ofegante após ter esperado horas, centenas de horas, para fazer o exame que os coturnos modernos da Nova Pátria Brasil Lula exigia, antes que chegasse o Natal, enfim ela conseguira, fizera o Pré-Natal, pois recém era 22 de dezembro. E vencera. Chegaria ao Natal com tudo em cima e dentro da barriga, uma vez que já fizera o Pré. E passou um Natal muito feliz com a cria na barriga, apesar de não mais ter conseguido dormir e ter comemorado bizerra com tanta cerveja, tanto trago, porque não parava de ouvir as badaladas repetitivas da voz do doutor:


- Tá tudo bem. Faz Pré-Natal com atraso de três meses, mas o SUS é mesmo assim. Ajuda a quem precisa. Só para de cheirar. Ela não entendia nada sobre o que tinha cheirado. Afinal, seriam as achocolatadas meinhas compradas em duas vezes, o enxovalzinho ganho da vizinha da amiga da filha da neta da bisneta da avó da prima do divorciado filho da patroa? Ela não entendia nada, quando pássaro ofegante a bicara, ao entrar para lavar o rosto e bebericar água sobre a lambuzenta pia da lancheria com placa em neon laranja bem cítrico, sentara-se um pouquinho no chão, ninguém tava vendo mesmo, e, então, sentindo-se com a cara molhada de água daquele banheirinho que nada custara, mas a refrescara, em algum momento viu estrelinhas desenhadas em carreirinhas de pó da farinha da vovó, da vovó... lá do interior de Santo Cristo. E, com derramadas felizes lágrimas não resistiu. Assim como cheirava as rosquinhas da vovó de Santo Cristo, feliz e lenta levou seu nariz à tampa do baldinho, do vaso sem flor, do vaso sanitário; e cheirou todas as estrelinhas de farinha de pó de arroz. Sentiu o significado do nome da lancheria, seu olhos brilharam com infinita e segura energia. Seu corpo brilhava, seu ventre estava seguro, sua dose que acabava com a sede se repetiria cada vez mais, pelo resto da manhã, pelo resto da tarde, até as estrelas de verdade tornarem-se demoníacas luzes em sua estreia na casa da cor laranja em tom bem cítrico. Chegaram náuseas e a tampa do vaso é apenas vaso sem tampa, tempo de vomitar o que não deveria ter bebido, tempo de expurgar o que não deveria ter cheirado, tempo para lavar a goela. Tempo para sair cambaleando, para lembrar o endereço da pensão do seu deputado, para tomar o ônibus da manhã e voltar para o interior, sem saber do que tinha experimentado. Nem todas as aventuras são tão sem graça, mas as outras são cheias de desgraça. Salvei minha personagem ingênua que na maioria das vezes por não ter dinheiro para tomar um copo d'água é invertida, imersa em cocaína, aborto, prostituição, sem nada dever, a não ser pela falta de informação! Quem tem vergonha na cara que ao invés de fazer piadinha sem nenhuma categoria, que pare de mirar seu próprio umbigo e salve a sua! A sua bisavó; a sua avó, a sua mãe, mas acima de tudo, a sua filha! Quem pode bater no peito e dizer:


- Ela jamais irá se arrastar como uma prostituta? Quem pode? Sim, normalmente, as damas da noite são mais felizes que seus pais. Afinal, eles são o cabaré. Portanto, mais respeito às prostitutas e total condenação ao tom laranja bem cítrico dos corações de vossos sagrados pais. Sagrados pais, sempre cordeiros das mais devassas famílias. Amém!


Não repare na forma do texto, na audaciosa ignorância semiótica do blogueiro, apenas denuncie qualquer tentativa ou fato consumado de agressão a crianças. Com muito carinho a quem luta contra a maldade, fique em paz. Prostituição é a omissão coletiva quem faz.


































sábado, 20 de março de 2010

ACIDENTE FATAL


Um acidente no quilômetro 504 da BR 285, em Entre-Ijuís, vitimou um jovem natural de Santiago. Leonel Kosloski Rodrigues, 27 anos, pilotava seu Corsa, quando capotou na quinta-feira à noite. Ele foi arremessado para fora do veículo e teve morte instantânea, segundo a 10ª Polícia Rodoviária Federal (Ijuí).

Informação do jornalista Diogo Brum

PORNOGRAFIA NA HISTÓRIA, AO REDOR




No decorrer das 210 páginas do livro Pornografia, de Witold Gombrowicz, o leitor descobre o sentido mais intrínseco da expressão. Aborda a história de um homem que viveu a distância - na Argentina -, o massacre de sua terra natal, a Polônia relembrada de 1943 e invadida, violentada, pela Alemanha Nazista desde 1939. Milhões de conterrâneos assassinados por uma cultura europeia oxigenada pela intolerância. Gombrowicz fez um cruzeiro no final tenebroso da década de 30. Por mais 20 anos adotou a Argentina. Enquanto distante, o nazismo criava a inescrupulosa fábrica de assassinatos, Auschwitz. Pornografia na mais profunda essência, enquanto os confrontos da guerra e o sexo não são implícitos no texto descritivo, onde o autor é narrador e um dos protagonistas, é entrelaçado pela contraposição entre um rosto vincado que a guerra enrugou e a pele macia da juventude. Seus personagens remetem ao homem de "Russeau", que nasce bom para ser corrompido pela realidade desnudada pela guerra, pela crise. Pornografia sim, mas distante da pureza da sensualidade, isenta de promiscuidade; é a luta entre morte e desejo.


Henia e Karol são adolescentes bonitos, sensuais, mesmo assim, não se permitem dar vazão ao desejo, impedidos pela força dos dogmas consequentes de religiões ou do paganismo. Respiram de um mundo entorpecido pela fuligem, que impede ser protagonista da própria vida. Henia está prometida a um advogado bigodudo, a sisudez em carne e osso. A negação da libido é a própria Pornografia. Essa promiscuidade é visível em todo canto do planeta. Como nas décadas de 30 e 40, do genocídio nazista sustentado pela crise de 1929, as incertezas de nossos dias indicam sua própria pornografia - xenofobia, amnésia da esquerda sempre prometendo socialismo misturada com a extrema direita, com a tecnocracia, a superioridade do capital sem limites e sem retorno social, a violência de todos os becos, a renovação dos preconceitos hipócritas e das ditaduras obscuras, da cocaína ao crack constata-se a perda de perspectivas, de prumo e de rumo, enquanto a sensualidade humana torna-se mira de um grande cabaré, do nosso cabaré BBB. O livro Pornografia ensina que ela é explícita por suas nuances, pelo massacre da naturalidade, da sensualidade sem pré-definições, sem negações. Assim, felizes foram os índios, distantes... Quem olhar em volta com muita atenção, enxergará, porque a promiscuidade está à vista.

sexta-feira, 19 de março de 2010

ESTILISTA BRASILEIRA ENTORPECE LADY GAGA








Assim que Isabela Capetto chutou o pau da barraca do Rio Fashion Week outono-inverno 2010 e repetiu a dose de saudável extravagente defesa da reciclagem, através de latas nos cabelos das tops, teve seus momentos de fama à Andy Warrol como celebridade mundial. Manchete da Vogue alemã e de muitas 'interpryses' inglesinhas, serviu para inspirar produtos do show business como Lady Gaga. Quem pensa que a estilista brasileira Isabela Capetto gostou de ver suas latas ecologicamente corretas trocadas pela Coca light de Lady Gaga, engana-se. Nossa estilista rapidamente vai ditar moda em Paris, Londres, Miami, Nova York, Tóquio e onde quiser. Já a robótica Lady Gaga é só mais um produto Rinso, está de passagem. Ainda bem. Na primeira imagem dessa postagem confira as propostas para madeixas (cabelos) da brasileiríssima Isabela, muito além das latas copiadas por Lady Gaga.

NOVAS DICAS PARA SEDUZIR NO FRIO






















As imagens que você acompanha são algumas peças da proposta que recebi e selecionei da coleção outono-inverno 2010 da TNG. Os calçados estilo bota que destronou o acompanhante sapatênis da Timberland. Para andar bem vestido nesta estação alpina, a grife de confecções indica camisetões e docksides pesados de camurça, detalhes fortes sobre jaquetas de couro e gola canoa nas camisas de todos os fios. Para os que gostam de chamar a atenção por mais ligados que já estejam, o laranha dos coletes do snowboardin são forte inspiração. Tendência sentenciada pelo europeu Emporio Armani, que está bombando. Seja peitudo, assuma seu lado laranja... e tem!

quinta-feira, 18 de março de 2010

NOSSA SENHORA DE GUADALUPE, A MAIS PODEROSA


Em 1531, Nossa Senhora de Guadalupe apareceu a um pobre índio de Tepeyac, em uma montanha a noroeste da Cidade do México. Identificando-se como Mãe de Deus, ela pediu que o bispo construísse um templo no lugar e deixou sua imagem impressa em seu tilma, tecido feito a partir do cacto, de pouca qualidade, que deveria se deteriorar em 20 anos. Mas, 479 anos depois, não há sinal de deterioração, apresentando cores tão vivas como se tivesse sido pintado há pouco tempo. Além disso, a santa parece refletir em seus olhos, o que estava na sua frente em 1531, ou seja, a imagem do índio e de outras pessoas do período. Pesquisadores da NASA fizeram uma radiografia e, mesmo encontrando acréscimos posteriores, verificaram que a pintura original está perfeita, impressionaram-se sem encontrar nenhuma explicação científica sobre esse fenômeno. Atualmente, é visitada por 11 milhões de fieis, o que torna a basílica onde ela está no santuário caatólico mais popular do mundo depois do Vaticano.

CUSTA POUCO MANTER VISUAL QUENTE NO FRIO

A grife ascendente para o seu inverno, talvez, aterrisse no Vale do Jaguari. A Los Dos recomenda: Paletós esportivos de veludo liso, jaquetas de couro tipo desgastado com muitos zíperes, tonalidades de marrons fazem a festa esquentar, jeans em camisas detonantes e em calças levemente rasgadas, uso da cor preto com cinza, verde musgo, azul índigo e tonalidades off white.









ERZULIE, A DEUSA DO TEMIDO VODU







Milhões têm arrepios em pensar num boneco com sua fisionomia espetado de forma sarcástica. A palavra vodu tem diversos significados, mas muitos estudiosos acreditam que se originou da expressão voudoise, um tipo de bruxaria da Idade Média na França. Os praticantes eram chamados de voudois, segundo a coleção Galileu, ou então de valdenses. Pesquisadores como Julien Tondrian acreditam que a palavra significa 'sobrenatural'. Os negros arrancados da África para serem escravos no Haiti conviveram com crenças dos índios arauaques e com ensinamentos da catequese cristã. A fusão da crença daomé, da indígena e do cristianismo gerou o vodu, temido pelo seu envolvimento com magia negra. Para fazer vodu, o feiticeiro confecciona um boneco representando a pessoa visada e, depois, o espeta com alfinetes ou o coloca no fogo, para machucá-la e destruí-la. O vodu é feito a noite em uma cabana chamada haumfort, com símbolos divinos desenhados, como as serpentes de Aida Oueda, o coração quadriculado de Erzulie, o barco de Agouet-Arroyo, os símbolos dos oguns e o nome do sacerdote, um tipo de pai-de-santo denominado hougan. No chão, ficam armas simbólicas de orixás, assens africanos e vasos com os espíritos das divindades. O ritual começa com a sacerdotisa (Manbo) possuída pelo deus-serpente (Loa), se agitando e se contorcendo. Depois, o espírito fala pela sua boca, e cada fiel entrega oferendas. Animais são sacrificados. Em uma dança, pessoas se machucam, gritam e entram em êxtase, o contato com 'Loa'. Os mortos são invocados por meio de um canto, traçando-se no solo a figura do ponto riscado (Vévé) com farinha de milho. Então duas galinhas são sacrificadas e depositadas em um buraco no chão, com prato feito de legumes e regado com sangue dos animais. Acredita-se que em um ritual o feiticeiro consiga ressuscitar os mortos, transformando-os em zumbis.