domingo, 14 de março de 2010

DISCÍPULOS IGNORANTES DA DITADURA MILITAR
















Há uma nova geração aleatória às mazelas políticas do Brasil, porque desconhece um período nefasto ou abomina coragem em sempre manter escuro, para nunca mais voltar à luz, o espectro da ditadura militar. Não fazem menção a escritores e obras que muito esclarecem as origens da roubalheira do bolso de ancestrais, que ficaram comodamente calados. A ditadura militar foi maldita e será sempre eternamente amaldiçoada para todos os descendentes dos progenitores. Malditos! Que sejam benditos os escritores, que seja bendita a obra de Raymundo Faoro, falecido em 2003, pois ajudou a democratizar o Brasil e deixou obras suficientes para os abortos da ditadura interpretarem seu atraso, ultimamente, vencido pela capacidade do governo Lula, ainda que com profundas brechas complexas, estapafúrdias, mas enterradas pela falta de memória da herança inerte da covardia de um povo sem memória e para esse tipo de povo e imprensa, melhor o acomodamento, senão, toda rebeldia é interpretada como guerrilha. Os herdeiros da estúpida ditadura militar continuam ganhando muito mais do que o miserável salário mínimo dos civis, do Magistério, da Educação! Faoro é gaúcho de sangue e naturalidade, autor de "Os Donos do Poder - Formação do Patronato Político Brasileiro", manuscrito datado de 1954, posteriormente, editado pela na época editora Globo. Mas, quem eram os célebres donos do poder? Ora, representantes de um Estado que misturava riqueza pública com privada e se colocava acima da máquina estatal, ou seja, constituíam grupos poderosos a partir das funções que ocupavam no Estado. A partir dessa corrupção legalizada, o poder do Estado que deveria representar os interesses de toda a sociedade, emana da mão suja daquele que possui a caneta governamental. Seguindo o raciocínio de Faoro, ele está na ponta do atual iceberg, nunca foi tão atual, pois, ainda que de difícil interpretação aos alienados, o poder não está no dinheiro, no empresariado, mas na capacidade de nomear pessoas, alocar conhecidos e distribuir benesses. Se assim não fosse real e atual, o que dizer da gentalha imunda que carrega dinheiro até nas meias? Enquanto salário de professor estiver nas migalhas podres da herança da ditadura militar, o Brasil será o país das bolsas? Família e das que estouram novos miseráveis de quem se recusa a abortar - passarinhos! Jarbas Passarinhos! Delfins, netos! Paulistas, malufs! Até quando? Pense bem antes de votar. Você sabe o nome do partido que sustentou a ditadura militar? Não! Arena! Então pelo menos assuma que saiba onde alocaram-se os filhos dos descendentes desse período tão nojento. O Brasil vive a ignorância de condenar os alemães da II Guerra Mundial que assassinavam judeus em campos de concentração, mas é absoluta e amplamente cego - em todas as suas ditas siglas -, para enfrentar seu próprio passado repleto de torturadores e assassinos. A história recente deste país é suja. Quem vai condenar esse passado espúrio, imundo, qual o político que não é covarde? O povo argentino, o povo chileno fez sua parte. E na terra brasilis? A Bolsa família vai virar prostituta iraniana na nova incursão do marketing sobre a razão? Então que sobreviva a covardia sobre a hipocrisia! País sem memória, país ladrão de história! País de covardes históricos sem a mínima expressão. Que sofram muito antes de morrer, todos os que se calam diante da suposta coragem de digitar e nada escrever.

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