quarta-feira, 10 de março de 2010

A PODEROSA MÉDIUM MADAME BLAVATSKY







Decifra-me ou devoro-te. Com seus imensos e enigmáticos olhos azuis, Madame Blavatsky desafiava seus contemporâneos como uma esfinge moderna. Pouco compreendida em sua época, pouco conhecida até hoje. Nasceu na Ucrânia na noite de 30 para 31 de julho de 1831. Foi batizada com o nome de Helena Petrovna Von Hahn. Filha única de aristocratas russos recebeu educação refinada, o que não a impediu de ser rebelde. Desde jovem seduzia as pessoas com histórias e sua autoproclamada capacidade de comunicar-se com o além. Devido a seu gênio considerado terrível à época, uma governanta da família a desafiou a encontrar um homem capaz de desposá-la. Chegou a dizer que nem mesmo o velho general Nikifor V. Blavatsky a aceitaria como esposa, segundo essa tradução literal da coleção Galileu. Isso foi suficiente para que a impetuosa jovem propusesse ao general um casamento por brincadeira. No entanto, o pedido foi aceito por Blavatsky, e ela se viu obrigada a se submeter àquele homem. No altar, ouviu do sacerdote que deveria honrar e obedecer seu marido. Furiosa falou entre os dentes: Certamente que eu não o farei. E foi exatamente o que ocorreu. Blavatsky abandonou seu país aos 17 anos e decidiu ser dona de seu destino, viajando para países distantes como Índia, Ásia Central, Leste Europeu, África e América do Sul. Dona de poderes que não compreendia e tampouco sabia explicar, a jovem encontraria as respostas com os mestres (mahatmas) Morya e Koot Homi, no Tibete. Eles iniciaram a moça no esoterismo. Em 1873, vai para os Estados Unidos, onde conheceu o coronel Henry Steel Olcott. Os dois decidiram criar a Fundação da Sociedade Teosófica, em 1875, em Nova York, propagando-a depois na Índia. Dois anos depois, Madame Blavatsky publica sua primeira obra: "Ísis sem Véu". Isso foi só o começo de sua obra considerada a mais importante: "A Doutrina Secreta" lançada em 1888. Foi o suficiente para que ela cristalizasse a fama de mulher pouco normal, o que persistiu até os últimos anos de sua vida. Nessa época, sua acompanhante, a condessa Wachmeister, correu para o quarto, achando que ela havia morrido. Encontrou-a tranquila e Blavatsky explicou: O Mestre esteve aqui. Deu-me a escolher: Morrer e ficar livre, se quisesse, ou concluir a "Doutrina Secreta". Advertiu-me sobre a magnitude de meus sentimentos e sobre um terrível período porque haveria de passar na Inglaterra, pois vou para lá. Mas, quando pensei naqueles discípulos, aos quais me será dado ensinar algumas coisas, e na Sociedade Teosófica em geral, a qual já deixo meu coração, aceitei o sacrifício. Ela morreu perseguida e caluniada. Mas, a obra "A Doutrina Secreta" possui uma quantidade de informações tão grande que estudos provam que Blavatsky precisaria ter lido ininterruptamente por décadas, para assimilar tudo aquilo. Ela explicou que não fora quem escrevera tudo. O conhecimento lhe havia sido revelado pelos seus mestres no plano astral. Para a médium, a teosofia ou sabedoria divina, que permite a compreensão de Deus e da natureza de forma direta, era desconhecida até 1875. "A teosofia sempre se conservou em segredo, e muitas pessoas eram perversas e egoístas, e a essas pessoas não se podia confiar segredos divinos". Segundo a clarividente o objetivo da Sociedade Teosófica era reconciliar todas as religiões, seitas e nações sob um sistema comum de ética, baseado em verdades eternas.



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