terça-feira, 1 de junho de 2010

CÉLIA RIBEIRO CITA MARINA COMO COERENTE, MAS NADA DIZ DE DILMA SOBRE ELEGÂNCIA COERENTE COM PRINCÍPIOS E CATEGORIA PARA EVIDENCIAR PRINCÍPIOS ÉTICOS


Palavras da Jornalista e Escritora Gaúcha Célia Ribeiro
Vestir-se bem, de acordo com o físico e a ocasião, não garante a homens e mulheres estilosos atrair as atenções sobre si mesmo e enfeitiçar as pessoas, ainda que o visual coerente contribua para tal efeito. É preciso carisma uma força especial que a origem da palavra, do grego charisma, define como uma força divina conferida a certas pessoas dotadas com qualidades especiais de liderança e individualidade excepcional.
Quem ilustra bem o fascínio exercido por certos políticos é Luis Fernando Verissimo, em sua crônica Síndrome, citando Fernando Henrique e Lula como dotados “de um poder que só podia ser chamado de exceção”. É verdade. A gente, observando o presidente Lula tocar sem-cerimônia no braço do presidente iraniano Ahmadinejad ou no do americano Barack Obama, chega a achar graça, sem considerar o detalhe da falta de boas maneiras.
Surge no Brasil outra figura carismática, a da senadora Marina Silva, candidata à presidência da República, cujo estilo de vestir, o discurso fluente e a simpatia nos fazem esquecer sua voz desagradável para atentar só ao que ela diz. Com simplicidade, Marina menciona a superação de seus problemas de saúde e se diz uma acreana próxima do Rio Grande do Sul, por ter sido um gaúcho, Plácido de Castro, o líder da revolução que trouxe o Acre para território brasileiro.
Coerente com a filosofia ambientalista, Marina usa bijuterias artesanais com sementes, cordões e conchas do Norte. Ela possui 50 pequenos xales e sabe harmonizá-los com seus vestidos longos em cores quentes. Para garantir a postura, calça sapatos de saltos bem altos.
Sem cair em modismos, Marina Silva segue a teoria da pensadora alemã Hannah Arendt de que ser e parecer devem coincidir. Em seu visual a senadora do Partido Verde veste-se de acordo com o ideal ambientalista
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