quinta-feira, 3 de junho de 2010

SEGUNDO TURNO É COISA DE MULHER!


Grandes jornais e revistas do país tanto em qualidade como em penetração Brasil adentro, responsáveis por tremendas baixarias como a pré-condenação de um político inocente, o gaúcho Ibsen Pinheiro, até que um jornalista resolveu assumir a mentira de sua matéria, que aniquilou por bom tempo o terreno do parlamentar, continuam a infiltrar na opinião pública nacional suas tentativas de manipulação. Mas, ocorre que cedo ou tarde, agora muito mais cedo neste universo internétido de Igrejas Virtuais, essas corporações acabam perdidas em suas estratégias de dominação eleitoreira. Sabidamente simpatizantes da privatização, por terem brechas para melhor aplicar o dinheiro fraudado dos assinantes e anunciantes, sempre tentam frear quem acredita em televisão bancada pelo governo federal, revista bancada pelo governo federal, jornal bancado pelo governo federal, radiofusão bancada pelo governo federal e por aí vai. Também desacredito de um governo vendendo sua própria imagem, democrático a ponto de abrir espaço a seus contraditores. Já basta o Hugo Chave de Cadeia da amiga Venezuela. Um governo deter um canal de televisão educativa é muito legal, se de fato o primeiro e único fator for educar sem politizar. E isto nós brasileiros temos. O que preocupa muito mais, acima do fator ditatorial do domínio sobre a imprensa já aniquilado - em parte segmentária - no Brasil com o fim da ditadura militar, é a ditadura patronal simpatizante com partidos defensores de um certo liberalismo da economia, motivo para usarem seus veículos de comunicação - sistemática e discretamente -, como simples armas de suas pretensas conquistas. Simplificando: Se um jornal ou rádio santiaguense tivesse por dono um senhoril dotado de dinheiro suficiente para alavancar uma imensa campanha de ódio popular contra a Corsan, por exemplo surreal, teria como motivo a criação de uma companhia municipal de exploração da água do município, até que a Prefeitura - com percentuais de acionista - detonasse judicialmente a empresa. Juntos, o senhoril do veículo de comunicação e a Prefeitura teriam dezenas de anos para indenizar todo o patrimônio material e de recursos humanos da Corsan, para dispensá-la e assumir o controle da exploração da água no município. Assim, grupos simpatizantes de neoliberais - essa gente politiqueira que esteve no poder da presidência e entregou companhias estatais, de todos os brasileiros portanto, como a Vale do Rio Doce a preço de banana - estimulam a divisão de votos de Dilma Roussef, herdeira atual da política do presidente Lula. Numa jogada perigosa, lançaram ao topo a candidata Marina Silva, do Partido Verde, para abocanhar cada vez mais votos dos descontentes do PT, já que o respeitável e histórico candidato do PSol não chega aos pés de Heloísa Helena em termos de abertura na mídia - é porque o cara é bom demais. Muito bem. Esses abutres senhoris de escravos novatos jornalistas imaturos ou muito sacanas, capazes de fazer qualquer negócio para sobreviver nas entrelinhas devoradoras das grandes editoras, deixam-se pautar para evocar a essência da honesta ex-seringueira. Agora, ocorre o que não pretendiam. Sem Ciro Gomes na disputa, a candidata do PV vai crescer sem parar; Dilma pode estacionar e decair, para desespero de Lula, enquanto Serra vai se achar o dono do campo minado - pelo passado de salário mínimo miserável de seu queridinho FHC -, até defrontar-se num debate, onde não há espaço para sua banal estratégia suja de fazer politicagem. Gostaria muito de ver o Serra dos paulistas - embora já estejamos fartos de paulistas neste Rio Grande, que deve retornar ao governo de mãos gaúchas, de Tarso Genro, filho do seu Adelmo, santiaguense para quem não sabe -, tentando mostrar-se melhor que Marina Silva. Ele perderia a eleição como já perdeu para Lula e, até prova em contrário, vai perder para Dilma Roussef. O país não pode retroceder na mão desses urubus em extinção, que se passam por tucanos brasileiros. Ora, que o Serra vá cuidar de seu escritório de negociatas para multinacionais virem a operar no Brasil, estabelecido nos Estados Unidos, e deixe Marina e Dilma deitarem e rolar, porque o futuro do Brasil a mulher pertence. Tudo bem, se o antipático aliado dos doutores sem doutorado nenhum, o José que sequer é da Silva, é simplesmente Serra, trocar de sexo, são outros 500. A menos!

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