quinta-feira, 12 de agosto de 2010

COLUNA DO DOUTOR ROGÉRIO ANÉSE NA FOLHA DESTA SEXTA


Explicando a Taxa de Câmbio

A partir desta semana decidi começar uma série de textos para tentar explicar de maneira simples, conceitos ou indicadores da economia. Neste primeiro, vou apresentar o conceito de Taxa de Câmbio e como ela é determinada no Brasil. Todos os dias os jornais e telejornais informam o valor em Reais de um Dólar norte-americano, esta é a taxa de câmbio (ou troca) de um Dólar (US$) por um Real (R$), ou seja o preço da moeda estrangeira em relação à moeda nacional. Existem taxas de câmbio em relação a todas as moedas as quais o Brasil tem transações e são determinadas sempre em função do mercado das mesmas. Assim, o que determina o valor da taxa (ou preço) é a oferta e demanda desta moeda no mercado local. A oferta de dólares, por exemplo, é dada pela entrada de moeda na economia brasileira, via exportações, turistas, empréstimos e investimentos e a demanda é a quantidade que os brasileiros ou estrangeiros aqui estabelecidos precisam para as importações, viagens internacionais, pagamento de empréstimos/juros e saída dos investimentos. Assim, com a interação entre os que precisam comprar (demanda) e os que vendem (oferta) é que se determina a taxa de câmbio no Brasil e, atualmente, é apenas intermediada pelo Banco Central, que não tem nenhuma política especifica de controle deste preço, ficando o mesmo suscetível às flutuações do mercado (oferta e demanda). Por isso que, a taxa de câmbio tem um preço a cada dia e, dependo das demais condições da economia, o Real (R$) pode ficar valorizado em relação ao Dólar (ou a outras moedas), ou seja, a necessidade de menos Reais para comprar um Dólar ou desvalorizado com o preço do Dólar aumentando. Uma variável que tem influência direta na taxa de câmbio é a taxa de juros da economia, pois a mesma é que estimula (se estiver levada) ou afugenta (se estiver baixa) os investidores e especuladores que trazem Dólar para o Brasil, em busca de rendimentos. Por isso, não adianta os exportadores cobrarem do governo ações para conter a valorização do Real, que acaba afetando as exportações, porque, dede 1999 a taxa de câmbio é flutuante (depende do mercado) no Brasil e o governo apenas faz algumas intervenções disfarçadas, nos casos mais extremos.

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