terça-feira, 5 de janeiro de 2010

OVERDOSE de talento



A genial compositora e intérprete polêmica londrina Amy Winehouse estourou em outubro de 2003. Desde então, os escândalos, o envolvimento com drogas pesadas, o abuso alcoólatra ocupa espaço contra sua frágil saúde. Mas, o incomparável talento a mantém entre as estrelas, dita moda, ruma para um final trágico, tropeça, mas não colide com a força de seu talento.
Amy ganhou uma constelação de fãs ao sucumbir pelo mundo e ficou marcada como sui genereis referência pop de compositores novos made in Europa. Ela abortou-se de forma elementar e com a mais linda das combinações: o humor e a alma. Amy tinha cortado até o núcleo da condição humana com sua estrela, acrescentando seus próprios jazzísticos ao legado dos grandes.
Três anos depois, em outubro de 2006, seguiu com o surpreendente Back To Back, um recorde que conduziu os grupos adolescentes de sua fantasia, mas acentuou um tiro no medo da modernidade com uma pequena ajuda do produtor Mark Ronson.
Conquistou álbum de bronze traçado em infância de feminilidade, que a levou de queridinha dos críticos ao autêntico fenômeno pop mundial.
Alimentada por uma gama estonteante de funks-flexionadas conquistou prêmios como Ivor Novellos, cinco Grammy. Também fez sua parte em um grupo seleto de chatonildos ingleses e vendeu mais de 10 milhões de cópias de apenas um álbum.
Agora, como o sol se põe, Amy pode ressurgir a qualquer passagem da lua - de minguante a cheia. De suas veias injetavelmente incorrigíveis, pode eludibriar a estratosfera com hemorragias de irremediáveis overdoses de talento. Ela é Amy. E os outros são quem mesmo?

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