sábado, 10 de julho de 2010

ALTA COSTURA CHANEL - PARIS

A Haute Couture (Alta Costura) do estilista da grife Chanel, Karl Lagerfeld, que muitas vezes insistiu em declarar que suas coleções vêm em seus sonhos, desta vez, afirmou que o sonho tinha se transformado em pesadelo. "Não, não estou brincando", acrescentou rapidamente, explicando que se na primaverão predominou o branco, agora, para o verão 2011, a coleção extrapola um tom melancólico. Mas, ao pé da tradução desse texto de Tim Blanks, pode-se interpretar que o estilista ousou com sobrecarga de sentidos em tops que introjetam disciplina quase militar, numa modelagem elaborada por uma engenharia aplicada a simetrias sedutoras, perfeitas como obras de arte, melancólicas e lúdicas; porém sob o aspecto arquitetônico de cada peça verifica-se foco perfeito para combinar volúpia e sutileza extrema nos cabelos afastados de imagináveis virgens de aspecto juvenil, adulteradas por uma maquiagem leve, nude. O desfile da nova coleção foi realizado no célebre Grand Palais, abaixo da suntuosidade de enorme leão com a pata repousada sobre uma imensa pérola Chanel em forma de globo. Basta verificar as imagens, viajar na análise dessas criações que exigem conhecimentos milimétricos, químicos, história, engenharia, arquitetura, para deduzir que acima de astros e estrelas do cinema, da música, estão talentos raros como o do possuído estilista Karl Lagerfeld, uma máquina de fazer dinheiro e depravado o suficiente para levar as mulheres mais poderosas do mundo ao delírio - com sua arte.





























































































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