quarta-feira, 28 de julho de 2010

QUEM PERDEU O MEDO DE VOTAR EM SILVA, PODE VOTAR DE NOVO, SÓ QUE DESTA VEZ EM MARINA SILVA


Em entrevista à Rádio ABC, de São Paulo, na manhã de quarta-feira, 28, a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, defendeu a constituição de uma base de apoio para que as reformas tributária, trabalhista e previdenciária sejam viabilizadas. "Há muitos anos dizem que as grandes reformas são fundamentais e até hoje não foram feitas. Então, não deve ser fácil", disse.
A candidata propôs a criação de uma base com a eleição de deputados e senadores que seriam responsáveis pelo processo, incluindo a participação da sociedade com as "candidaturas avulsas". "A pessoa não precisa seguir nenhum partido, mas deve ser comprometida com uma proposta, com uma plataforma, que tenha x número de pessoas e que integre e que endosse a sua candidatura, algo parecido com o Ficha Limpa", afirmou.
Marina aprovou a política econômica brasileira e afirmou que o tripé econômico, baseado nas metas de inflação, câmbio flutuante e superávit primário, será mantido. "Mas não se pode controlar a inflação apenas com a elevação de juros (...). Temos que trabalhar também com a redução de gastos públicos, acabando com o desperdício", disse, completando que é necessário avaliar a eficiência dos programas já existentes.
Questionada como seria possível conciliar o crescimento econômico e a sustentabilidade, um dos principais motes de sua campanha, Marina afirmou que o Brasil é o país em desenvolvimento que reúne as melhores condições para fazer essa mudança. "Somos um país abençoado. Temos 11% da água doce do mundo, temos uma das maiores áreas agricultáveis com 300 milhões de hectares, 60% do nosso território ainda é de floresta e já temos uma matriz energética limpa, em torno de 46%. Os outros países não têm nada disso", afirmou.
Ao fim da entrevista, Marina falou sobre seu carinho pelo ABC Paulista, terra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Mesmo sendo lá do Acre, sempre tive um respeito e um carinho muito grande pelo ABC Paulista, porque fui do PT durante 30 anos e fundadora da CUT (Central única dos Trabalhadores)", disse. "O Brasil pode eleger a primeira mulher presidente da República e o ABC, que perdeu o medo de voltar em Silva, pode continuar votando em um Silva, só que dessa vez em Marina Silva", brincou.

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