quinta-feira, 1 de julho de 2010

COLUNA DO DOUTOR ROGÉRIO ANÉSE NA FOLHA SANTIAGO


Mudanças nas vendas
Com o crescimento econômico e inclusão de uma parcela significativa da população nas Classes C e B da pirâmide social, as vendas no comércio mudaram de perfil, não só pelo tipo de produtos adquiridos, mas também pela forma de pagamento das mesmas. Até 2005, a maioria das operações era realizada com cheque e, hoje, os cartões de débito e de crédito dominam as operações, com um aumento de 68% no número de cartões emitidos de 2005 até 2009. Esta nova realidade traz mais rapidez nas operações e maior segurança para os lojistas, uma vez que autorizada à venda pela operadora do cartão de crédito, a loja tem a garantia de recebimento, mesmo que a taxa de administração cobrada seja elevada, podendo chegar a 6%, dependendo da operadora. Outro problema enfrentado é o custo dos equipamentos, que devem ser adquiridos ou alugados e cada operadora tem uma “maquininha”, a não ser que o lojista integre as operadoras no “software” do caixa, ou as operadoras unifiquem os terminais, como fizeram as duas maiores operadoras no dia 1º, diminuindo os custos para os lojistas com a manutenção das máquinas.
Pelo visto as vendas à vista e a prazo no Brasil deverão ocorrer cada vez mais com cartões de débito e crédito, diminuída a quantidade de moeda (R$) necessária para as operações. Isso mostra a maturidade da economia brasileira e confiança na estabilidade da moeda, conquistada nas últimas décadas. O uso de cartões pode, também, ser utilizado como forma de controle tributário por parte da Receita Federal, tanto junto aos lojistas, quanto nas pessoas físicas, com o cruzamento das operações com cartões de crédito/débito e as declarações apresentadas anualmente. Alguns países conseguiram reduzir de maneira significativa a sonegação com a utilização dos recibos de pagamento com cartões para tributar/fiscalizar empresas e pessoas físicas.
O uso dos cartões magnéticos e tecnologias virtuais de transferência de recursos (home bank) parece que vieram para ficar e quem não se adaptar, perderá mercado.

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